TEATRO
MITOLOGIA GREGA
MITOLOGIA GREGA
-Personagens: rei Minos, Soldado 1
Ícaro Soldado 2
Dédalo * Narrador
-Cenário e adereços: coroa, sol, dois pares de asas, trono, lanças e capacetes para os soldados, roupas (lençóis), pedaços de madeira, o labirinto pode ser feito com recortes de TNT fixado ao teto.
-Texto teatral: (a peça inicia-se com o rei ao trono e soldados á porta)
-Minos: soldados! Tragam-me Dédalo e seu filho Ícaro!Irei dar a minha sentença.
(os soldados saem e voltam com os prisioneiros)
-Dédalo: Majestade!Perdoe-me! Meu filho Ícaro nada tem a
ver com tudo isso! Liberte-o, castigue só a mim!
-Minos: Cale-se!Agora lhe darei o seu castigo. Por ter ajudado
a Teseu, dando a princesa Ariadne, minha filha, o fio
que o ajudou a escapar do labirinto, após matar o
Minotauro, me traindo assim, você provara do seu
próprio remédio. Serão jogados no labirinto de
Creta de onde nunca sairão!
(Minos agora fala aos soldados)
Soldados!Faça uma revista nos dois e não os deixe com nada a não ser suas roupas. (soldados fazem a revista)
Prenda-os no labirinto!
-Soldados: Sim, majestade!(saem levando os prisioneiros para o labirinto onde os joga).
(já no labirinto Dédalo e Ícaro conversam).
-Dédalo: Meter-se com reis dá nisto, Ícaro!
-Ícaro: E agora pai, o que faremos?
-Dédalo: Calma, meu filho! Pensarei em algo que nos tire
daqui!(ficam andando pelo labirinto).
-Narrador: Um dia, Dédalo teve uma idéia.
-Dédalo: Já sei Ícaro, o que faremos para sair daqui!(sai
andando a procura de algo).
-Ícaro: O que pai?
-Narrador: Sem dizer mais nada, começou a percorrer o
labirinto acompanhado pelo filho.O jovem sabia
que o pai era muito inventivo e que estava sempre.
com a cabeça cheia de novos projetos.
-Dédalo: Pegue o que encontrar para fazermos ferramentas e
me aguarde.(sai em busca de algo e volta com penas)
-Ícaro: O que pretende fazer com todas estas penas, pai?
-Narrador: Sem responder, Dédalo serrou alguns pedaços de
madeira. De suas mãos começaram a surgir duas
grandes armações, que lembravam esqueletos de
uma asa.
uma asa.
-Ícaro: O que é isto, uma fantasia?
-Dédalo: Tudo começa pela fantasia, meu filho!
-Narrador: em pouco tempo, Dédalo tinha nas mãos um
grande e branco par de asas.
-Dédalo: Vamos filho, me ajude a colocá-las nas costas.
-Narrador: Ícaro ajudou empolgado pela idéia. Logo que
Dédalo colocou as asas, seus pés começaram a se
erguer do solo.
-Ícaro: funciona!
-Dédalo: Ótimo! Vamos construir uma para você também!
-Narrador: Os dois passaram o resto do dia trabalhando.
-Dédalo: Aqui está a nossa liberdade.
-Ícaro: Será que poderemos atravessar o oceano com elas?
-Dédalo: Claro! Só devemos cuidar para não nos
aproximarmos muito do sol, pois o calor pode.
derreter a cera que prende as penas.
Vamos dormir e amanhã bem cedo sairemos!
-Ícaro: boa noite pai!
-Narrador: No dia seguinte, se dirigiram para a parte mais
aberta do labirinto, cada um carregando suas
asas.Ícaro impaciente para testar a invenção,.
ajustou as asas às costas e saiu.
-Ícaro: Veja pai, estou voando!(dar algumas voltas no ar,
testando as asas).
-Dédalo: Basta de preparativos, vamos embora!
-Narrador: Pai e filho lançaram-se no ar, batendo os braços
de maneira tão ritmada que pareciam dois
pássaros.Logo deixaram o labirinto para trás.
-Dédalo: Não se esqueça do sol (diz para Ícaro)
-Narrador: Já haviam deixado a ilha de Creta há muito,
estavam sobre o mar e agora não havia outro jeito
senão mover as asas até encontrar terra
firme.Dédalo estava fascinado com a própria
façanha quando percebeu que seu filho havia
desaparecido.
-Dédalo: Ícaro, onde está você?
-Narrador: O jovem muito distante dali planava nas alturas,
enquanto o sol começou a derreter a cera que unia
as penas.
-Ícaro: Queria ficar aqui para sempre!(as asas começam a
cair).O que está acontecendo?(passa as mãos nas
costas). Essas penas... Minhas asas... Minhas
asas!(passando a mão na asa e trazendo penas nelas.
Começa a cair). Socorro pai!Socorro!(cai sobre o mar
e morre).
-Narrador: Enquanto isso, Dédalo vasculhava os céus.
-Dédalo: Ícaro, meu filho responda!
-Narrador: Durante um tempo Dédalo procurou Ícaro, sempre fugindo do calor do sol, até que avistou sobre as ondas algumas penas. Voando até o local, encontrou o corpo do filho caído na praia. Com o coração despedaçado, Dédalo o enterrou as margens da praia que passou a se chamar Icária em sua homenagem.
Texto original retirado do livro Deuses, Heróis e Monstros: As asas de Ícaro e outras histórias da mitologia/ Ademilson s. Franchini e Carmen Seganfredo.Porto alegre:L&PM, 2009.
*A introdução do narrador deveu-se ao fato de facilitar o desenvolvimento da peça para os alunos, pois diminuia as suas falas.
Texto adaptado para teatro pela professora Naíze Costa/2011.
Professora de Arte da rede municipal de ensino de Natal/RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigada pela colaboração !participe sempre!