Na defesa do desenvolvimento de uma concepção mais multicultural e democrática de cidadania, Oliveira (2002, p.51) aborda a questão das formas de tratamento da igualdade e da diferença, afirmando: “A igualdade pretendida é a de possibilidades de se escolher um caminho de vida próprio, de poder ser respeitado em qualquer alternativa, de acordo com as próprias aptidões, desejos e valores”, igualdade que inclui o direito à diferença.
A escola, como campo privilegiado de encontros multiculturais, é por isso mesmo, também um espaço de tensão entre a legitimação da dominação e sua superação.
O tratamento dispensado às diferenças e às igualdades na prática pedagógica, portanto, deve concorrer para o desenvolvimento de formas de relacionamento multiculturais mais democráticas e igualitárias, ampliando as possibilidades de exercícios da cidadania nesse contexto. Nesse sentido, a citação de Santos apud Oliveira (2002, p. 53) complementa: “[...] temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza [...]”.
Algumas ações se tornam, portanto, indispensáveis para que o ensino e a aprendizagem de Arte realmente se concretize na Educação de Jovens e Adultos, de forma a acolher a diversidade do repertório cultural que o aluno traz para a escola. Como afirmam Oliveira e Sgarbi (2002, p. 39) “[...] em contextos multiculturais, grande parte da nossa identidade é tecida em oposição às identidades e formas de estar no mundo de outros grupos sociais. E é desse modo que aprendemos a nos inserir no mundo; diferenciando-nos dos ‘outros’ ”.
E para que tais ações indispensáveis à concretização significativa do Ensino de Arte se efetivem, defendemos que se fazem necessárias alternativas que possibilitem a realização de trabalhos como os propostos nessa pesquisa, ou seja, que realmente se voltem, em sua prática de ensino-aprendizagem, para o repertório do público-alvo as quais se destinam.
À luz das proposições teóricas do historiador Michel de Certeau e das formulações sobre a Educação de Jovens e Adultos difundidas pelo educador Paulo Freire procuramos desenvolver a pesquisa.
Investigar nos convida a refletir sobre o sentido dos fenômenos das ações. Segundo Ferreira (2000, p. 531) pesquisar é uma “investigação e estudo minuciosos e sistemáticos, com o fim de descobrir fatos relativos a um campo do conhecimento. Uma busca com diligência”. Essa busca então começa dentro de nós, quando nas inquietações em razão ao não percebido totalmente, mas, parcialmente se dá a conhecer. “Os por quês” que se colocam em nossa prática pedagógica e, no entanto não se dão a desvelar suas respostas
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
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