domingo, 12 de fevereiro de 2012

TEATRO NA ESCOLA

TEATRO
MITOLOGIA GREGA
“AS ASAS DE ÍCARO”


-Personagens: rei Minos,               Soldado 1   
                         Ícaro                        Soldado 2
                         Dédalo                    * Narrador

-Cenário e adereços: coroa, sol, dois pares de asas, trono,                        lanças e capacetes para os soldados, roupas (lençóis), pedaços de madeira, o labirinto pode ser feito com recortes de TNT fixado ao teto.

-Texto teatral: (a peça inicia-se com o rei ao trono e soldados á porta)

-Minos: soldados! Tragam-me Dédalo e seu filho Ícaro!Irei dar a minha sentença.
(os soldados saem e voltam com os prisioneiros)

-Dédalo: Majestade!Perdoe-me! Meu filho Ícaro nada tem a
                ver com tudo isso! Liberte-o, castigue só a mim!

-Minos: Cale-se!Agora lhe darei o seu castigo. Por ter ajudado
                a Teseu, dando a princesa Ariadne, minha filha, o fio
                que o ajudou a escapar do labirinto, após matar o
                Minotauro, me traindo assim, você provara do seu
                próprio remédio. Serão jogados no labirinto de
                Creta de onde nunca sairão!

      (Minos agora fala aos soldados)
              Soldados!Faça uma revista nos dois e não os deixe com nada a não ser suas roupas. (soldados fazem a revista)
              Prenda-os no labirinto!
-Soldados: Sim, majestade!(saem levando os prisioneiros para o labirinto onde os joga).


(já no labirinto Dédalo e Ícaro conversam).

-Dédalo: Meter-se com reis dá nisto, Ícaro!

-Ícaro: E agora pai, o que faremos?

-Dédalo: Calma, meu filho! Pensarei em algo que nos tire  
                 daqui!(ficam andando pelo labirinto).

-Narrador: Um dia, Dédalo teve uma idéia.

-Dédalo: Já sei Ícaro, o que faremos para sair daqui!(sai
                andando a procura de algo).
 -Ícaro: O que pai?
-Narrador: Sem dizer mais nada, começou a percorrer o
                    labirinto  acompanhado pelo filho.O jovem sabia
                   que o pai era muito inventivo e que estava sempre.
                    com a cabeça cheia de novos projetos.
-Dédalo: Pegue o que encontrar para fazermos ferramentas e 
                me aguarde.(sai em busca de algo e volta com penas)
-Ícaro: O que pretende fazer com todas estas penas, pai?
-Narrador: Sem responder, Dédalo serrou alguns pedaços de
                    madeira. De suas mãos começaram a surgir duas 
                    grandes    armações, que lembravam esqueletos    de
                 uma asa.
-Ícaro: O que é isto, uma fantasia?
-Dédalo: Tudo começa pela fantasia, meu filho!
-Narrador: em pouco tempo, Dédalo tinha nas mãos um
                    grande e branco par de asas.
-Dédalo: Vamos filho, me ajude a colocá-las nas costas.
-Narrador: Ícaro ajudou empolgado pela idéia. Logo que
                  Dédalo colocou as asas, seus pés começaram a se
                 erguer do solo.
-Ícaro: funciona!
-Dédalo: Ótimo! Vamos construir uma para você também!
-Narrador: Os dois passaram o resto do dia trabalhando.
-Dédalo: Aqui está a nossa liberdade.
-Ícaro: Será que poderemos atravessar o oceano com elas?
-Dédalo: Claro! Só devemos cuidar para não nos
                aproximarmos muito do sol, pois o calor pode.
                derreter a cera que  prende as penas.
                 Vamos dormir e amanhã bem cedo sairemos!
-Ícaro: boa noite pai!
-Narrador: No dia seguinte, se dirigiram para a parte mais
                   aberta do labirinto, cada um carregando suas
                   asas.Ícaro impaciente para testar a invenção,.
                   ajustou as asas às costas e saiu.
-Ícaro: Veja pai, estou voando!(dar algumas voltas no ar,
             testando as asas).
-Dédalo: Basta de preparativos, vamos embora!
-Narrador: Pai e filho lançaram-se no ar, batendo os braços
                   de maneira tão ritmada que pareciam dois
                  pássaros.Logo deixaram o labirinto para trás.
-Dédalo: Não se esqueça do sol (diz para Ícaro)
-Narrador: Já haviam deixado a ilha de Creta há muito,
                    estavam sobre o mar e agora não havia outro jeito
                    senão mover as asas até encontrar terra
                    firme.Dédalo estava fascinado  com a própria
                    façanha quando percebeu que seu filho havia
                    desaparecido.
-Dédalo: Ícaro, onde está você?
-Narrador: O jovem muito distante dali planava nas alturas,
                   enquanto o sol começou a derreter a cera que unia
                   as penas.

-Ícaro: Queria ficar aqui para sempre!(as asas começam a
            cair).O que está acontecendo?(passa as mãos nas
            costas). Essas penas... Minhas asas... Minhas
             asas!(passando a mão na asa e trazendo penas nelas.
             Começa a cair). Socorro pai!Socorro!(cai sobre o mar
             e morre).
-Narrador: Enquanto isso, Dédalo vasculhava os céus.
-Dédalo: Ícaro, meu filho responda!

-Narrador: Durante um tempo Dédalo procurou Ícaro, sempre fugindo do calor do sol, até que avistou sobre as ondas algumas penas. Voando até o local, encontrou o corpo do filho caído na praia. Com o coração despedaçado, Dédalo o enterrou as margens da praia que passou a se chamar Icária em sua homenagem.


Texto original retirado do livro Deuses, Heróis e Monstros: As asas de Ícaro e outras histórias da mitologia/ Ademilson s. Franchini e Carmen Seganfredo.Porto alegre:L&PM, 2009.
*A introdução do narrador deveu-se ao fato de facilitar o desenvolvimento da peça para os alunos, pois diminuia as suas falas.

Texto adaptado para teatro pela professora Naíze Costa/2011.
Professora de Arte da rede municipal de ensino de Natal/RN

MEG, A MINHOCA FELIZ!

                             Trabalho de "Stop Motion" realizado com os alunos do 2º ano da E.M.                              Z...